sexta-feira, 6 de junho de 2014

A PRÁTICA DA CIDADANIA PARA VIVER EM COMUNIDADE

(Por: Profª Dra. Regiane Souza Neves - Ver Quem Somos)

   A cidadania lançou suas raízes nas cidades gregas, nascendo da associação de pequenos núcleos, chamados comunidades. Ser cidadão é viver em grupos sociais que formam células vivas, como a família, a igreja etc.
   As pessoas formam uma comunidade por uma necessidade em comum. Os elementos que estabelecem o vinculo, são a educação e a cultura. O que move a comunidade são as ideias de felicidade, segurança e liberdade. A comunidade é uma célula da sociedade. A comunidade por meio de laços cria uma identidade. 
   Há comunidades com espaços privilegiados de aprendizagem humana: Família é o grupo de referencia onde as pessoas se sentem amadas (espaço vital mais importante que os demais); Igreja: as pessoas aprendem sobre a ideia de Deus, gerando valores; escola/partido político/sindicato/centro de vivência: grupos formados por ideais em comum.

   Para o processo de aprendizagem e participação na comunidade, a segurança é fundamental e principalmente quando ela acha comprometida a ideia de pertença. A alegria de pertencer a este espaço estimula o processo de participação.
   A subjetividade cultural e cidadã dependem de três fatores: Emoção, Razão e Contexto social. Quando um ser humano se encontra com outro ser humano ocorre um espaço de aprendizagem, nós somos na relação com o outro.
   O ser humano apropriando-se do material do mundo social e cultural, ao mesmo tempo em que atua sobre o mundo e é ativo na sua construção se transforma e transforma o ambiente que o cerca. A vivência a partir de sua constituição biológica e manifestações afetivas, sociais e comportamentais dão forma ao subjetivo. O mundo social e cultural constrói um mundo interior e cada um de nós detém nossa singularidade.
   Toda ação tem um principio, todo principio tem uma ação motivadora. Todos precisam trabalhar o principio da não destruição. Todo trabalho com comunidade deve refletir o principio da ética. 
   A ética verdadeira é quando o individuo cuida de si, cuida do outro, cuida do planeta.
   Para que o individuo compreenda e desenvolva a cidadania, é necessário priorizar a educação, que é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, que tem por finalidade o pleno desenvolvimento do individuo, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
   Além dos princípios e fins da educação nacional e dada ás particularidades do desenvolvimento de cada individuo, tem como objetivo oferecer serviços de formação em função das necessidades e características de desenvolvimento e aprendizagem integralmente. Além de colaborar com a promoção da integração e do ajustamento ao ambiente sócio/cidadão, o desenvolvimento da cidadania também poderá promover:
   I – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
   II – o desenvolvimento da capacidade da aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
   IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíprocas em que se assenta a vida social.
   Para alcançar os objetivos, a prática da cidadania para viver em comunidade estará fundamentada na organização participativa; emancipação geradora de autonomia dos indivíduos e da comunidade; respeito cultural ao local onde as pessoas estão inseridas; possibilitar novas formas de organização pessoal e coletiva, que promova ações concretas de transformação da realidade comunitária, com atividades. Por tratar-se de um trabalho que compreenda a necessidade de envolvimento e sentido de pertencimento das pessoas, a construção será gradual e de acordo com as demandas da comunidade envolvida.

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