sábado, 31 de maio de 2014

LIMA, PARIS: O QUE TEREMOS PELA FRENTE NOS ACORDOS INTERNACIONAIS PARA MUDANÇAS CLIMÁTICAS

(Por: Josilene Ferrer - Ver Quem Somos)

  A Conferência das Partes (COP) (ou ConferenceofParties) é o órgão supremo para tomada de decisão das convenções da ONU, no caso da Convenção do Clima essas reuniões denominadas como COPs são realizadas desde 2005, a partir da sua ratificação. Desde então,acontecemanualmente para decidir a implementação de compromissos e quaisquer outros instrumentos legais que venham a ser definido neste âmbito.
  A Convenção do Clima está passando por uma fase difícil e importante de definições para o período que se inicia em 2020, em termos das políticas internacionais de redução dos combustíveis fósseis, tarefa extremamente difícil.  Além desta agenda, outros temas não menos importantes estão em debate, entre eles, a ampliação de financiamentos de projetos para redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD). Estes projetos REDD poderiam vir a ser aceitos inclusive em mercados locais ou regionais de carbono, paralelos à Convenção, como por exemplo, no mercado regional de carbono entre Connecticut, Delaware, Maine, Maryland, Massachusetts, New Hampshire, New York, RhodeIsland, e Vermont, denominado RGGI (Regional GreenhouseGasInitiative); no mercado criado na Califórnia, nos Estados Unidos, entre outras possibilidades.
  Lima será a cidade de realização da COP 20, em dezembro e Paris será onde acontecerá a COP 21, em 2015. Para Lima,espera-se entre outras coisas, o anúncio de acordos preliminares, onde os países em desenvolvimento sinalizem metas de redução das suas emissões para após 2020, bem como o fortalecimento de politicas e mecanismos que envolvam a remoção de carbono da atmosfera pelas florestas. A realização desta COP em um dos países amazônicos certamente reaviva esta expectativa. Para Paris em 2015, se espera a conclusão e formalização destes acordos, que incluam os Estados Unidos nesse esforço internacional, . Espera a proposição de umnorte para as próximas políticas climáticas que serão adotadas e implementadas pelos países, estados, municípios e empresas.

  As expectativas são muitas e as chances reais de sucesso nas negociações muito temerosas, mas precisamos buscar essas decisões e implementá-las. Aguardemos as conclusões de Lima e Paris, com expectativa para que de fato aconteçam. Certamente poderão trazer impactos positivos para as nossas políticas nacionais de energia, indústria, agroindústria, entre outros.O tempo é curto, e quando o assunto é a sustentabilidade do planeta, estamos em dívida para com nossos filhos, para nós, eles e seus filhos.

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