(Por: Josilene Ferrer - Ver Quem Somos)
O que é pior? Falta de chuvas, ameaça de escassez de água ou falta de ações práticas para a gestão efetiva dos nossos tão propagados recursos hídricos? A palavra “gestão” indica gerenciamento e na administração pública deveria pressupor planejamento e execução efetiva. Tal palavra,tão surrada e repetida na área ambiental, poucas vezes reflete o seu significado na prática, e mereceum certocuidado ao ser usada. Infelizmente!
Os exemplos de alterações drásticas e repentinas no clima se repetem pelo país e pelo planeta, as mudanças do clima causadas pelos gases de efeito estufa, não são cenário futuro ou uma realidade distante, estão acontecendo... Seja na seca que assola a Califórnia nesse exato momento, uma das regiões mais ricas do planeta que acabou de decretar estado de emergência num período de uma das secas mais severas dos EUA nos últimos 100 anos, seja nas ondas de calor e nos incêndios que assolaram a Austrália no início deste ano, ondas de calor na Argentinae Chinano final de 2013, enchentes avassaladoras no norte do Brasil e na Europa, enfim, os exemplos são muitos. No Estado de São Paulo, o período de chuvas nos surpreendeu pelaescassez, nos deixando em situação preocupante no que diz respeito ao abastecimento de água para os próximos meses.
Não podemos fazer com que as chuvas venham no momento em que precisamos delas, mas podemos nos preparar melhor como indivíduos e sociedade, seja para utilizar de uma forma mais inteligente os recursos que dispomos, sejapara tratare recuperar antigos mananciais e cursos d’água poluídos na capital do Estado e ampliar o acesso à água potável, tratar esgoto doméstico e industrial, captar água de chuva; e além disso, investirna mais simples e conhecida das estratégias para garantir chuvas futuras, ao recuperar a cobertura vegetal dos nossos municípios e estado, preservando com afinco as nossas tão combalidas matas, fazendo-as se expandir, e enfim nos organizando para conviver com as vicissitudes do clima. O nosso maior problema, de fato, não é simplesmente a falta das chuvas, mas a falta de ações e atitudes de “quem” cabe zelar pelo tão falado “bem comum”. E não vamos nos eximir da nossa responsabilidade de exigir e demonstrar que priorizamos essas ações públicas, que são importantes para nós. Enquanto isso, só nos resta economizar a tão preciosa água e esperar pelas próximas chuvas. Plantar árvores pode ser bom também.
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